quinta-feira, 26 de novembro de 2009


... Me abrindo para as "Relações"... este é o meu desafio, como estabelecer relações prazerosas, saudáveis...? Como encarar as intempestivas...? Como abrir uma brecha para enxergar além dos condicionamentos...? E sempre existem as escolhas... e a mente da gente gira e se fixa em algum ponto que nem sempre é positivo, nem sempre negativo... e o coração?! Ah! Esse anda apertado, moído de tanta mudança! Então mais uma vez resolvi dançar e convido à todas as lobas e lobos também, por que não?! À todas as divindades das artes e convido também a embriaguez... àquela que deixou Rumi estonteado de amor, a mesma que fez Khayyam delirar de tanto êxtase, ela que faz poetas enlouquecerem, dançarinos sublimarem, músicos se perderem na trilha do improviso e pintores verterem suas taças de suor e tinta de todas as cores que Deus imaginou!


A Loba que dança

Claudia Parolin

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Despertando a Feminilidade!



Preciso compartilhar!

... Os caminhos estavam áridos, nenhuma caça, nenhum unguento, nenhuma esperança... apenas farejando o "nada". Solidão, frio, sonolência, inércia e uma enorme insatisfação. Movida pelo arquétipo da deusa Perséfone, aquela que é raptada por Hades o deus do mundo avernal, sentia-me completamente sufocada e traída. Há mais de um ano sem conseguir respirar, os pulmões em frangalhos, me dei conte de que... a deusa que habita o meu interior estava sem espaço, estava sendo engolida desrespeitosamente. Esta consciência me trouxe um novo ar, ar que me deu forças para dar o primeiro passo ao meu interior e resgatar minha aphrodith, estou no processo de acalmar suas feridas e alimentá-la. Ah! quanta saudade eu sentia... aroma de rosas, almíscar e jasmim, sabores doces e cítricos com cor de alegria, e essa languidez precisa... deixar percorrer o extase por todo o corpo e me sentir bonita!!! Na tentativa de equilibrar essas forças, bem no meinho, surgem algumas faíscas de consciência de quem sou em essência, e assim, caminho.
Claudia Parolin

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Propriedades de um BOM psicoterapeuta

Nas nossas conversas durante o grupo, sempre tocamos na importância da psicoterapia para uma maior desenvolvimento pessoal, dentre muitas outras coisas....e nas minhas conversas diárias, no mundo, com muitas pessoas, percebo que há uma série de dúvidas sobre o que é, como é, pra que serve exatamente a psicoterapia.....
Bem, hoje recebi este artigo e achei que era um bom começo pra quem se interessa pelo assunto, até porque, não basta fazer psicoterapia, é preciso que seja com um BOM psicoterapeuta!

Beijo

Taya Medeiros

PROPRIEDADES DE UM BOM PSICOTERAPEUTA.

*Por Flávio Gikovate*

Nas revistas de psiquiatria surgem periodicamente estudos completos (meta-análises) de revisão de eficácia dos diversos tipos de psicoterapia. Os resultados são, quase sempre, similares - hoje com certa vantagem para as técnicas cognitivo-comportam entais especialmente nos casos específicos onde o medo ou a ansiedade está em jogo. Além de resultados bastante semelhantes, lembro-me de um estudo que li há cerca de 30 anos (cuja referência me escapa) que mostrava que ao invés de seguidores de uma das diversas técnicas os terapeutas podiam ser classificados em "bons" e "maus". E mais, que os bons terapeutas trabalhavam, na prática, de modo muito similar independentemente da corrente teórica à qual se filiavam. Ou seja, na realidade, eram terapeutas ecléticos, que atuavam de acordo com procedimentos que transbordavam os limites das doutrinas nas quais haviam sido formados.Fiquei profundamente impressionado por esse estudo, que era norte-americano, onde a prática parecia ser mais importante que a teoria.

Talvez seja pretensão, mas o que gostaria de descrever aqui são as propriedades que considero fundamentais para aqueles que quiserem ser parte do grupo dos bons terapeutas. E a primeira deriva do que já foi escrito: que a vontade de ajudar o paciente, de entender o que se passa com ele seja maior do que o desejo de encaixá-lo dentro das normas de qualquer teoria. Esse desejo de entender e de verdadeiramente se entender com o outro é o elemento essencial daquilo que se chama de empatia. Não se trata de processo fácil e não é, para a maioria de nós, um fenômeno espontâneo. Trata-se inicialmente de compreendermos a dificuldade que existe na comunicação entre os humanos, mesmo entre aqueles que falam a mesma língua e cresceram numa mesma cultura. Cada "software" é único, já que a partir dos 2-3 anos de idade cada um começa a correlacionar as informações que recolheu por meio das palavras, sendo que esse processo se torna cada vez mais complexo e ímpar, pois o modo como se arranjam os pensamentos não é igual nem mesmo nos gêmeos univitelinos - cujas diferenças, tanto em temperamento quanto em relação a condutas patológicas, têm sido registradas com frequência crescente nas publicações técnicas. Assim, cada um de nós é uma espécie de ilha isolada e a consciência desse caráter único nos dá a idéia de como é difícil tentarmos penetrar na alma do outro. Cada um de nós, por sermos únicos, estamos condenados, no essencial, a uma "radical solidão" (Ortega y Gasset).

A consciência dessa dificuldade na comunicação entre nós e nossos pacientes não deve estar a serviço de desanimarmos. Deve nos alertar para o fato de que empatia não implica em nos colocarmos no lugar do outro levando nossa alma para o corpo dele. Temos que tentar entender como funciona a alma do outro. Temos, como "hackers", que entrar no "software" do paciente para entender como ele opera para melhor detectar deficiências e falhas no sistema dele. Depois temos que "sair de dentro dele" e, de fora, tratar de contar a ele o que é que vimos enquanto estivemos "nele". (....)

(...) O preparo intelectual e emocional do psicoterapeuta me parece cada vez mais fundamental. Não que eu seja favorável a procedimentos obrigatórios como o da "análise didática" imposta pelas sociedades de psicanálise; mas a realidade é que um bom terapeuta é portador de determinadas propriedades que deveriam ser a meta daqueles que se dedicam a esse ofício. Acho complicado um indivíduo muito pouco consciente de suas peculiaridades emocionais ser um bom terapeuta. Acho improvável que um drogado seja bom terapeuta, assim como um obsessivo-compulsiv o ou um portador de distúrbios da personalidade e precária formação moral. A confiança que um paciente tem que desenvolver em relação ao terapeuta para se sentir à vontade e confidenciar emoções e vivências desagradáveis não são compatíveis com tais características. O bom terapeuta tem que ser pessoa sincera; e espontânea. Tem que se comportar como é. Ou seja, não existe um tipo de terapeuta, um modo de ser terapeuta. O bom terapeuta é aquele que é ele mesmo!Acontece que para uma pessoa poder ser ela mesma tem que estar razoavelmente bem em sua própria pele. Isso não se consegue por decreto. Depende do indivíduo estar em conformidade com seus próprios valores. Ou seja, o terapeuta com boa auto-estima tem que ter, antes de tudo, um conjunto de valores aos quais se refere. Depois, tem que agir e viver em concordância com esses mesmos valores. Creio que esses são os ingredientes fundamentais do que se pode chamar de maturidade emocional e moral, condição indispensável para que o terapeuta não se perca em nenhuma das situações complexas e, por vezes, constrangedoras que envolvem o trato com pessoas nem sempre tão bem consigo mesmas e muito menos em paz com seus companheiros, inclusive com quem está tentando ajudá-lo.

O processo da empatia e eventuais outros mecanismos psíquicos que chamamos de intuitivos deverão, ao menos idealmente, se transformar em fórmulas racionais na alma do terapeuta. Isso para que ele esteja em ótimas condições de dar o melhor encaminhamento a cada situação. Não se trata de possuir fórmulas prontas. Tudo tem que ser resolvido ali e agora também pelo terapeuta. É preciso ousadia. É preciso que não se tenha medo de errar. É claro que ninguém procura o erro e nem se alegra com ele. Acontece que muitas vezes o erro é muito eficiente para o processo terapêutico: falo algo ao meu paciente que o deixa inquieto e insatisfeito - se falei aquilo é porque achei que estava ajudando e dando o encaminhamento adequado à situação; na consulta seguinte ele volta dizendo que não passou bem e começa de novo a relatar a situação que deu origem à minha má interpretação. Na própria forma de recontar sua história o paciente irá me dar a indicação de onde errei, de modo que poderei retomar uma rota adequada e produtiva, o que será imediatamente reconhecida por ele como tal, já que provocará sensação de alívio e bem estar. O paciente não se incomoda com nosso erro a menos que queiramos defendê-lo até à morte, tratando sua discordância como "resistência", o que, na maioria das vezes, é absurdo e óbvia manifestação de prepotência do profissional.

O bom terapeuta é pessoa serena, amadurecida emocional e moralmente, o que significa na prática que tolera bem frustrações e dores, que tem controle sobre suas emoções, especialmente as de natureza agressiva, que é capaz de ousar, errar, reconhecer o erro e aprender com ele, que tem princípios éticos e vive de acordo com eles. (...) Deve colocar-se diante de cada paciente como se pudesse esquecer tudo o que sabe de psicologia e estivesse ali para aprender. É o oposto do que fazem quase todos, ou seja, tratar de rapidamente enquadrar o paciente em um dos seus rótulos e compartimentos. O bom terapeuta é bom ouvinte e está permanentemente aprendendo com todos aqueles com quem conversa. Essa é a razão pela qual a profissão pode ser fascinante por longo prazo. Muitas vezes me perguntaram como é que eu agüento trabalhar tantas horas e por tantos anos. Não estaria eu enjoado de ouvir sempre as mesmas histórias? Claro que não, porque minha postura é a da permanente renovação. Não estou atrás do que aquela dada história tem em comum com tantas outras que já ouvi. Estou atrás do que ela tem de original, de própria, de única. E sempre é possível encontrar algo de novo e fascinante mesmo no mais comum dos relatos.

segunda-feira, 23 de março de 2009

"Sonhos de Mulher"

"Vosso coração conhece em silêncio os segredos dos dias e das noites; mas vossos ouvidos anseiam por ouvir o que vosso coração sabe. Desejais conhecer em palavras aquilo que sempre conhecestes em pensamento. Quereis tocar com os dedos o corpo nu de vossos sonhos. E é bom que o desejeis.
A fonte secreta de vossa alma precisa brotar e correr, murmurando para o mar; e o tesouro de vossas profundezas ilimitadas precisa reveler-se a vossos olhos. Mas não useis balanças para pesar vossos tesouros desconhecidos; E não procureis explorar as profundidades de vosso conhecimento com uma vara ou uma sonda, porque o Eu é um mar sem limites e sem medidas.

Não digais: "Encontrei a verdade". Dizei de preferência: "Encontrei uma verdade".
Não digais: "Encontrei o caminho da alma". Dizei de preferência: "Encontrei a alma andando em meu caminho". Porque a alma anda por todos os caminhos. A alma não marcha numa linha reta nem cresce como caniço. A alma desabrocha, qual o lótus de inúmeras pétalas."

(Khalil Gibran)







quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Meninas, vim correndo disponibilizar o link pro texto da Milene sobre o feminino, ciclos, fases, dança, essencias......tudo que a gente adora! E o texto é ótimo, corre lá:
www.aromarte.com.br/feminino.htm

Por Taya Medeiros

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Mulher Selvagem

Olá Lobas,



cheguei para aquecer!!!



MULHER SELVAGEM


Mulher selvagem é aquela

que confia, ousa e arrisca.

E sabe que seu corpo é capaz

de se transformar, abrir e fechar...


Mulher selvagem é aquela

que é parte da Mãe Natureza

e com sabedoria deixa fluir

e se entrega aos processos naturais da Terra...


Mulher selvagem é aquela

que ama, cuida e protege

a si mesma e às suas crias.

E como uiva, perambula

se aquecendo ao sol

se queixando à lua.

Confiante que em seu ventre

seu filho, uma semente,

germina, cresce e floresce.


Mulher selvagem é aquela

que, no momento certo,

mergulha no seu interior

trazendo para fora o filho

gerado, amado,

fruto do seu amor.


Mulher selvagem é aquela

que acredita nos mistérios da vida

e conta estrelas.


(Uma Loba...)
Claudia Parolin

sábado, 6 de dezembro de 2008

FIM DE ANO

E aqui, fresquinha, a coluna de Dezembro.....Escrevi inspirada num trecho de rodapé do livro da tribo, em que alguém dizia, como desejo de ano novo: " Desejo que seus fins de semana sejam mais do que churrascos gordurosos" .... gostaria de ter escrito com mais poesia, mas não quis fugir do estilo da coluna... enfim, leva os meus melhores votos de um super ano pra todo mundo!

SOBRE O QUE VIRÁ
Por Taya Medeiros
Psicóloga (CRP 06/90460)


Adoro esta época do ano. Aliás, gosto especialmente de cada uma das épocas e suas peculiaridades, as belezas das estações... Mas o final do ano tem algo de renovação, é como se fosse dada a todos uma oportunidade de fazer melhor, de ser melhor, de tentar outra vez. Uma vez li um poema, de um poeta que gosto muito, mas não consigo me lembrar qual é, que dizia algo a respeito da genialidade de quem inventou de dividir o tempo em anos, pra que nós pudéssemos imaginar que podemos começar tudo do zero. E essa idéia foi mesmo genial, tanto a da pessoa, quanto a do poeta. Claro que isto tudo é de dentro pra fora, quase uma ilusão, sem a qual estaríamos, provavelmente, perdidos.
Pode parecer bem clichê este assunto, mas eu acredito na importância dos rituais, não pelo que eles prometem, mas pelo que mobilizam dentro de nós. Então decidi, além de desejar tudo de bom e mais um pouco, dar dois conselhos, que, se não fizerem bem, mal também não vão fazer:
1 - É hora de fazermos planos, de fazermos listas de desejos, de prosperidade, de decisões, de pendências. E mais do que tudo, é hora de levar estes planos à sério depois da meia-noite do dia 31. O ato de escrever é muito benéfico para a organização psíquica, ele nos dá a oportunidade de organizar internamente, de ter maior controle sobre os conteúdos da nossa mente, além de diminuir a ansiedade, então, mãos à obra, tenha um momento com você e pense em tudo sobre o ano que passou, todas as listas são bem-vindas, de planos, de objetivos, de metas conquistadas, do que aconteceu no ano que passou, até de filmes e livros, que viu/leu, ou que quer ver/ler, tudo isto além de fazer bem, pode ser bem divertido.
2 - A boa e velha FAXINA! Já deve ter ouvido sobre o princípio do vazio...Limpe sua casa (eu aconselho, o feng shui aconselha, os que recebem suas doações agradecem...), dê tudo o que não tem utilidade, doe mesmo, conserte o que está quebrado, decore o que está sem graça, coloque um cheiro que te agrade, um quadro que você gosta, um som que mexe com você.
E que você possa organizar suas fotografias, seus sentimentos, as pastas do seu computador, a sua memória, os seus CDs, seus amores, seus rancores, sua cozinha, o seu banheiro, sua cama, seu corpo e seu templo. E pra isso não poupe esforços, ria, grite, tome banho de ervas, ore, chore, dance, telefone, converse, cale, e o que mais for necessário, pra ficar tudo limpo pro novo, pra receber o que há de vir. E virá!

“Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.”
Carlos Drummond de Andrade

Taya atende em psicoterapia na Clínica Sapiens, coordena o Grupo de apoio a Mulheres no Centro de Estudos Luz Divina, além de desenvolver trabalhos de integração do feminino através da Dança do ventre e grupos de leitura e reflexão.

Contato: (11) 7158-4755/4412-9999 ou tayamedeiros@uol.com.br